Dourados
PED passa por desinfecção e internos recebem uniformes higienizados após surto de sarna
Desde a segunda-feira (8), uma força-tarefa está sendo feita para conter o surto de sarna e furúnculo na Penitenciária Estadual de Dourados (PED). No local, há cerca de 2,5 mil custodiados, desses, pelo menos 500 estão infectados.
A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), 4ª Subseção Dourados, e a PED trabalham em conjunto para realizar ações imediatas para evitar que a situação se propague, até mesmo para fora dos muros do presídio, o que ainda não é considerado um risco eminente.
Além da retirada dos colchões para incineração, está sendo feita a higienização/desinfecção dos locais com maior número de casos e a instalação de climatizadores nas celas onde o surto se propagou, visto que o calor ajuda a disseminação da doença.
O advogado Jefferson Faria, que atua na situação pela Comissão de Direitos Humanos da OAB, disse que as roupas e lençóis dos internos estão sendo retirados, lacrados e devem ser entregues para as famílias, posteriormente. Além disso, os custodiados deveram usar uniformes higienizados.
O membro da Comissão relata que, em visita ao local na segunda e terça-feira, foi possível constatar que já há casos em todos os raios do presídio. A diferença é que em alguns possuem mais ocorrências, ocasionando o surto e a alta propagação.
Jefferson ainda destaca que foram verificados casos graves que precisaram tanto de atendimento na unidade, como fora. Até por isso, as equipes de profissionais de saúde foram solicitadas para atuar no presídio a fim de atender situações mais graves.
Faria também comentou sobre o cuidado que está sendo tomado com os colaboradores, dentro do possível. “Equipes que estão nos locais com mais casos estão fazendo higienização na hora que chega e sai para tentar não disseminar a doença”, diz Jefferson.
Questionado sobre os riscos do surto se alastrar para a cidade, Jefferson relata que ainda não há um perigo eminente para a sociedade, mesmo com os prestadores de serviço que frequentam o local diariamente. “O surto se dá pelas condições que se encontra dentro do presídio, que é superlotação, calor extremo”, explica.
Entretanto, ele pontua que a Penitenciária já acionou a Vigilância Sanitária para unir esforços a fim de que a doença seja controlada.
Outro ponto importante é a necessidade do medicamento para conter a doença e evitar que ela se alastre. Por isso, a Comissão está em contato com a Prefeitura Municipal e o Governo do Estado para adquirir a medicação.
douradosnews
Jessica Beatriz
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