Riedel anuncia corte de gastos com diárias, horas extras e compras públicas até dezembro

LIGADO NA NOTICIA LUIS GUILHERME


Governador Eduardo Riedel; Foto: Divulgação/Secom

O governador Eduardo Riedel (PSDB) anunicou nesta terça-feira (5/8), via decreto no DOE (Diário Oficial do Estado), uma série de medidas para contenção de despesas públicas até 31 de dezembro. O texto prevê redução de custos com diárias, passagens, horas extras, participação em eventos e aquisição de bens permanentes, como veículos e mobiliário.

A decisão ocorre em um contexto de pressão sobre as contas do estado. Em maio, o Executivo estadual atingiu o chamado limite prudencial de gastos com pessoal, exigindo medidas de ajuste. Além disso, houve queda na arrecadação do ICMS sobre o gás natural importado da Bolívia, o que agravou o cenário fiscal.

“Estamos atravessando um momento complicado do ponto de vista financeiro e orçamentário. Isso acontece no Brasil inteiro. Temos que manter o controle dos gastos públicos e agir com responsabilidade”, afirmou o governador, em declaração divulgada nesta segunda-feira (4/8), pelo portal oficial do governo estadual.

Riedel destacou que o objetivo é manter o equilíbrio fiscal sem a necessidade de aumento de impostos.

O que está sendo cortado

Entre as determinações previstas no decreto está a redução de 25% nas despesas de custeio, além da diminuição de gastos com:

Pagamento de diárias e passagens;

Participação de servidores em eventos e seminários;

Horas extras;

Compra de veículos, mobiliários, equipamentos e outros bens duráveis.

Apesar do corte, o governo ressaltou que seguirá priorizando os investimentos considerados essenciais à população, como os serviços públicos básicos e ações estratégicas nas áreas de saúde, educação e segurança.

O decreto também reforça o compromisso da administração estadual com a eficiência na execução orçamentária e a sustentabilidade fiscal.

Prazo para readequação

Cada secretaria estadual terá até dez dias para apresentar um plano de reprogramação das despesas à Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda). Caso o plano não seja entregue no prazo, ou esteja em desacordo com os critérios estabelecidos, o próprio governo poderá intervir.

“Nessas situações, as Secretarias de Governo e de Fazenda estão autorizadas a fazer os ajustes necessários”, afirma o texto do decreto.



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